quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Gasoduto de Morada Nova passara em Felixlândia, Mito ou verdade.


BACIA DO SÃO FRANCISCO É A SIBÉRIA DO SERTÃO
Bruno Carvallho Minas Gerais entrou de vez no mapa do gás natural brasileiro. Em apenas um poço perfurado pelo consórcio Cebasf em Morada Nova de Minas, na Bacia do São Francisco, foi identificada uma reserva de 176,5 bilhões a 194,6 bilhões de metros cúbicos (m³) de gás. Isso corresponde a 22% das reservas totais brasileiras, que no último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, em dezembro de 2010, estavam em 802,26 bilhões de metros cúbicos. A área estudada foi de 400 quilômetros quadrados, mas levantamentos estão sendo feitos em uma região de 309 mil quilômetros quadrados, o que aumenta a probabilidade de a jazida ser maior. Geólogos estimam que a Bacia do São Francisco pode ser comparada com a Sibéria, na Ásia, importante província de gás natural do planeta. 
O anúncio das reservas foi feito ontem, no Palácio Tiradentes, pelo governador Antonio Anastasia e por representantes do consórcio Cebasf. "Passamos a ter a confirmação absoluta de que a reserva de gás da Bacia do São Francisco é economicamente viável", comemorou o governador Antonio Anastasia. Minas consome 2,9 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. O combustível é bombeado do Rio de Janeiro e de um ramal do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). Pelas perspectivas de produção, o Estado pode se tornar autossuficiente nos próximos anos. Segundo o diretor da Orteng, Ricardo Vinhas, neste tipo de jazida é possível recuperar entre 30 e 60% das reservas. Por isso, o volume que poderá ser comercializado fica entre 54 bilhões e 108 bilhões de metros cúbicos. "A produção diária e mensal ainda vai depender da forma de produção que será adotada. Podem ser abertos até 80 poços de produção. Mas, em cima da volumetria, vai chegar a 7 a 8 milhões de metros cúbicos somente nesta área", afirma. A previsão é de que a produção em Morada Nova de Minas comece em dois anos. Neste novo cenário, a expectativa é de que a utilização do gás natural aumente, devido à proximidade da fonte de produção. A descoberta também irá beneficiar o consumidor, já que o aumento da oferta deve reduzir o preço do produto. O Consórcio Cebasf reúne a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), com participação de 49%, a Orteng Equipamentos e Sistemas, com 30%, a Delp Engenharia, com 11%, e os outros 10% são da Imetame. A produção do gás pertencerá aos consorciados na proporção da participação no grupo. No futuro, o gás mineiro irá substituir o gás boliviano na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados, em Uberaba. Redação: Jornal Hoje em Dia / Caderno Economia e Negócios - 23 de julho de 2011
Fonte: Comlago

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